
No artigo de hoje irei falar-vos da minha visita ao Museu Marítimo de Ílhavo (MMI).
O Museu:
O museu nasceu a 8 de agosto de 1937 e começou por ser apenas um local onde se guardavam histórias dos seus habitantes.
Em 2001, o museu foi renovado e ampliado, mudando-se para as atuais instalações.
Os seus objetivos também cresceram, uma vez que este agora visa contar aos portugueses um pouco sobre a nossa cultura de mar e a nossa identidade marítima.
Além de museu, é também um espaço dedicado à investigação e serve de casa a um grupo de bacalhaus.
A minha visita:
Visitei este museu no âmbito de uma visita de estudo que fiz com a minha escola, a ENIDH. Não conhecia este espaço, e visitá-lo foi uma agradável experiência.
A primeira sala do museu tinha um modelo de um navio bacalhoeiro e a simulação de como seria o seu convés e interior.
O nosso guia começou por nos contar algumas curiosidades acerca das pescas, e eu vou partilhar com vocês as que achei mais interessantes.
Curiosidades:
No período do estado novo, quem fosse a pesca durante 6 anos, estava isento de ir à guerra do ultramar, visto que era considerado equivalente.
Nesta época as pessoas iam para a pesca a partir dos 12 anos e os pescadores descansavam 4 a 5 horas por dia.
Os conhecidos lugres Creoula e SMM levavam cerca de 100 pescadores.
Dentro destes navios, que eram as embarcações principais onde as pessoas viviam, existiam as pequenas embarcações onde os pescadores procediam à pesca propriamente dita.
Estas pequenas embarcações eram as Doris e eram da responsabilidade do pescador que a levava. Cada uma conseguia carregar cerca de 180Kg de bacalhau.
Para chamar os pescadores para a embarcação principal, era utilizado um búzio ou um corno.
Nestas duras viagens, que poderiam durar 6 meses, os pescadores dormiam na cozinha para que não arrefecessem tanto durante a noite.
Existia uma cerimónia que era a bênção dos bacalhoeiros, que além de servir para lhes desejar sorte, servia também para enaltecer Salazar e os feitos dos portugueses.
A comida dos pescadores era pão com azeitonas e bacalhau frito.
Estimam-se que as mortes tenham chegado a 5% dos pescadores que iam para o mar.
Outras embarcações:
No MMI também existem estas embarcações em exposição.
Alguém sabe identifica-las? 😀
Coleção de conchas:
Nesta parte do museu, podemos apreciar uma grande coleção de conchas trazidas de várias partes do mundo.
O tanque de bacalhaus:
Esta foi uma das mais recentes aquisições do museu.
Ter um tanque de bacalhaus é uma ideia muito interessante, uma vez que muitas pessoas não têm noção do aspeto propriamente dito de um bacalhau.
Eu adorei a visita! 😀 Espero que também tenham gostado de ler sobre ela! 😉
Podem visitar o site do museu aqui!