
Eram 8:20 quando cheguei à base naval de Lisboa, no Alfeite, para embarcar em mais uma aventura, desta vez no Creoula.
Eu já tinha estado embarcada (podem ver aqui o artigo ????) no seu irmão gémeo Santa Maria Manuela (SMM).
Apesar de serem gémeos, os seus interiores são bastante diferentes, uma vez que o SMM foi comprado pela pascoal e teve a sorte de ser reparado de raiz.
No Creoula partilhava o meu camarote com mais 8 raparigas, enquanto que no SMM só partilhava com mais uma e tinha casa de banho privada.
A viagem em si, tinha o mesmo propósito que a do SMM. No entanto foi mais formal visto tratar-se de um navio militar e os quartos (turnos) também funcionaram de maneira diferente.
Os nossos quartos, foram à mesma de quatro horas, mas em vez de termos pausas de 8 horas tivemos intervalos de 12 horas para podermos rodar por vários quartos, de forma a vermos como cada um funciona, mudando também os oficiais que se encontravam connosco. Nos tempos livre e às vezes durante alguns dos quartos tínhamos formações.
Fomos divididos por quatro grupos, e eu tive a oportunidade de ser uma das chefes de grupo.
Foi uma nova experiência desafiante. Por vezes tive de organizar o meu grupo em cima da hora devido a contratempos como as fainas gerais (já explico o que são :D).
Dia 1- 30 Agosto:
A primeira coisa que fizemos assim que entramos a bordo foi ouvir as regras de segurança e ouvir explicações de alguns avisos que iríamos ouvir.
Depois saímos a barra de Lisboa, que para minha felicidade já começa a ser familiar. 😀
De seguida fomos rumo a Sesimbra. Assim que saimos da barra suou o aviso de faina geral. Isto significa que todos os instruendos se devem dirigir ao convés para ajudar a içar as velas.
Às 15 tivemos uma breve explicação sobre os mastros e as velas. Às 16 começou o meu primeiro quarto. Aqui começou a confusão pois houve outra faina geral e tive de reorganizar algumas das tarefas do meu grupo.
As nossas tarefas incluíam leme, cozinha, copas, navegação e vigia.
O meu favorito foi obviamente a parte da navegação. Eu estava a ter uma dificuldade ridícula em observar o enfiamento de Sesimbra.
“Um enfiamento é um grupo de duas ou mais marcas, luminosas ou não, no mesmo plano vertical. Esta linha de posição permite ao navegante manter um azimute constante ao prosseguir sobre a linha formada por esse enfiamento, geralmente num canal ou a marcação livre de perigos para a navegação perto da costa e à entrada de portos e fundeadouros.” (podem aprender mais aqui).
Depois fundeámos para jantar e à noite o navio voltou a navegar rumo a Setúbal.
E assim foi o primeiro dia desta aventura, espero que tenham gostado! ????