
O vento é a componente horizontal do movimento do ar. Este também tem movimentos verticais, mas como são tão reduzidos, são desprezáveis.
Os ventos têm origem na diferença de pressão atmosférica em diferentes lugares no mesmo instante. E o movimento do ar não é regular.
As flutuações rápidas que ocorrem na velocidade e direção têm o nome de turbulência.
Como o vento varia muito em velocidade e direção o registo da velocidade média é feito ao longo de 10 min.
Quando a velocidade instantânea é superior à velocidade média, nesse intervalo de 10min, diz-se que ocorreu uma rajada.
O aumento brusco da velocidade em pelo menos 16 nós, fazendo com que a velocidade instantânea seja de pelo menos de 22 nós (durante 1 min), tem o nome de borrasca.
Características do vento:
O vento é uma grandeza vetorial e, por essa razão, é caracterizado por direção, sentido e velocidade.
A direção e sentido são dadas em graus (de 000° a 360°) ou pela rosa dos ventos.
A velocidade pode ser dada em nós (milhas náuticas por hora), quilómetros por hora ou metros por segundo. A unidade SI (Sistema Internacional) é metros por segundo (m/s).
Instrumentos para determinar o vento:
O instrumento que se utiliza para ver a sua direção é o catavento.
A sua velocidade é medida através de um anemómetro.
O anemógrafo é um instrumento que permite registar simultaneamente, num dado instante a sua velocidade e direção.
A este gráfico dá-se o nome de anemograma.
Estima visual:
Medir com aparelhos é sempre preferível, mas em alguns casos não é possível. Saber estimar os ventos visualmente pode ser bastante útil.
A estima visual no mar, tem em consideração a orientação das cristas das vagas.
Esta estima não é muito fiável em aguas pouco profundas, devido à proximidade da costa, e às resistências que esta oferece à passagem dos ventos.
Esta estima pretende dar-nos o valor do vento verdadeiro.
Podemos também estimar os ventos a partir do nosso navio, com a observação da direção da bandeira, fumo que sai da chaminé, através das velas. No entanto este vento vai ser vento relativo, uma vez que sofre a influencia do movimento do navio.
Determinação do vento real a bordo:
Quando um navio se encontra em movimento o que se regista é o vento relativo.
Para se obter o vento real tem de se ter em conta a velocidade e rumo do navio.
Vr= VR+Vn
Em que:
Vr: vento relativo
VR: vento real
Vn: Vento do navio
Retirei os seguintes exemplos da minha sebenta de meteorologia:
Espero que tenham gostado! 😉
Ola Barbara, gostei muito dos teus textos.
Permita – me fazer uma observação, as grandezas vetoriais sao modulares, de modo que o resultado dos ventos relativos nos exemplos 2 e 3 estao errados.
Saudacoes brasileiras!
Antes de mais, queria agradecer por comentar! 😀
O método que aprendemos é uma simples estima, de forma a obtermos a velocidade e direção de forma simples e rápida.