
O artigo de hoje é sobre tipos de derrotas. Uma derrota é o caminho seguido por um navio numa viagem.
Para proceder à navegação o navegante tem de saber interpretar bem as cartas de navegação.
O navegador deve saber calcular as distâncias com a maior precisão possível, saber optar pelo caminho mais rápido mas que ao mesmo tempo ofereça segurança!
Introdução às projeções:
O nosso planeta terra é aproximadamente esférico, e como podem imaginar fazer o planeamento de uma viagem num globo é impossível, não só por não ser prático trabalhar numa superfície redonda, mas também porque não é possível produzir um globo com as mesmas escalas que uma carta náutica.
Por isso foram criadas projeções do nosso globo em formato plano, a partir de linhas de referência como paralelos e meridianos. Alguns exemplos de projeções são as de Mercator e as gnomónicas. Podem ler mais sobre elas aqui!
Para calcular as distâncias e direções de um dado trajeto de um ponto de partida a um dado ponte de chegada, foram criadas as derrotas.
Existem vários tipos de derrotas. No artigo de hoje irei abordar a derrota ortodrómica, a derrota loxodrómica, a derroa climatológica e a derrota meteorológica.
Derrota Ortodrómica e Loxodrómica:
A menor distância entre dois pontos da superfície terreste é dada pelo arco de círculo máximo que os une. A derrota ortodrómica é o percurso que é feito sobre este arco, daí ser o percurso mais curto.
A derrota Loxodrómica é aquela que une dois pontos em linha reta numa carta de Mercator.
Nesta imagem poderão ver a diferença entre as duas:
No entanto, apesar da derrota ortodrómica ser a distância mais curta, este não é muito prática.
Para se manter a navegar em cima do arco de círculo máximo o navegador teria de estar constantemente a modificar o seu rumo.
Por essa razão, costuma-se dividir a derrota ortodrómica em diversos segmentos de derrota loxodrómica, com podem ver na imagem a seguir:
A cheio está representada a derrota ortodrómica e os diversos troços são da loxodrómica.
Derrota climatológica:
A derrota climatológica é feita com base na média dos fenómenos meteorológicos que vão ocorrendo num dado período de tempo, num dado local, para uma estação do ano específica.
Esta derrota serve para que os marítimos consigam prever as condições que irão encontrar numa viagem, numa altura específica do ano. Com esta derrota conseguimos evitar possíveis perigos para a navegação.
Derrota Meteorológica:
A derrota meteorológica, é a derrota que se baseia nas condições meteorológica que acontecem no momento, nos diferentes locais do planeta.
Estas derrotas diferem das climatológicas, na medida em que são mais dinâmicas. São desenhadas para horas específicas do dia.
Estas são algumas das ferramentas que os navegadores dispõem para planear a sua viagem!
Espero que tenham gostado! 😉
EAGIRL….Bárbara Chitas, esta foi a “aula teórica “,quando começa a “prática”….????? Votos de Boas Viagens…A.B.F. o Mesmo “Velho ( Antigo) Capitão e depois Piloto das Barras do Douro e Leixões….
EAGIRL….Bárbara Chitas, esta foi a “aula teórica “,quando começa a “prática”….????? Votos de Boas Viagens…A.B.F. o Mesmo “Velho ( Antigo) Capitão e depois Piloto das Barras do Douro e Leixões….
O teu blog tem facilitado um pouco da matéria:
– Derrotas
– Homem ao mar
– Balões
Tudo muito bem resumido e sem ser massacrar os alunos/colegas 😉
O teu blog tem facilitado um pouco da matéria:
– Derrotas
– Homem ao mar
– Balões
Tudo muito bem resumido e sem ser massacrar os alunos/colegas 😉
Nice blog 🙂 Aqui Açores, sou velejador oceânico, skipper do Popeye (Nantucket Clipper 30) e formador de Náutica e Navegação. Achei o seu blog interessante, bem desenhado e útil. Gostei também de saber que tem navegado por cá 🙂 sou amigo do seu colega Miguel Pamplona, não sei se conhece, atualmente piloto da barra na ilha Terceira. Boas navegações 🙂 Tarcísio
Muito Obrigada! 😀
Trabalha em que ilha?
Conheço sim, vem cá a bordo muitas vezes! 😉
Olá Bárbara 🙂 Grato pela gentileza de responder. Vivo e trabalho na ilha Terceira, em Angra do Heroísmo. O Miguel Pamplona, além de amigo (e ex-formando) é meu vizinho na marina de Angra. O meu próprio blog (https://popeye9700.blogs.sapo.pt/)consiste basicamente em crónicas que publico no jornal local, Diário Insular. 🙂 Bons ventos. Um abraço, Tarcísio.
Nice blog 🙂 Aqui Açores, sou velejador oceânico, skipper do Popeye (Nantucket Clipper 30) e formador de Náutica e Navegação. Achei o seu blog interessante, bem desenhado e útil. Gostei também de saber que tem navegado por cá 🙂 sou amigo do seu colega Miguel Pamplona, não sei se conhece, atualmente piloto da barra na ilha Terceira. Boas navegações 🙂 Tarcísio
Muito Obrigada! 😀
Trabalha em que ilha?
Conheço sim, vem cá a bordo muitas vezes! 😉
Olá Bárbara 🙂 Grato pela gentileza de responder. Vivo e trabalho na ilha Terceira, em Angra do Heroísmo. O Miguel Pamplona, além de amigo (e ex-formando) é meu vizinho na marina de Angra. O meu próprio blog (https://popeye9700.blogs.sapo.pt/)consiste basicamente em crónicas que publico no jornal local, Diário Insular. 🙂 Bons ventos. Um abraço, Tarcísio.
Cara Barbara Chitas:
Sou um total ignorante sobre as ciências e práticas marítimas. Mas gosto de ler .
Deparei-me com um pequeno livro editado pela EXPO 98, com o título “Naufrágio da Medusa. Encontrei o termo “derrota”, pensando eu tratar-se de uma gralha até que a gralha aparece outra vez no livro e daí a pesquisa onde deparei com o seu artigo.
Quero manifestar-lhe o meu agrado peladoras simples que explica as “derrotas marítimas”. Sabia de forma muito superficial que o caminho mais curto era o da derrota ortodromica, não conhecendo contudo a sua designação. As restantes derrotas foram completa novidade bem como a forma prática de segmentar a derrota ortodromica.
Mais uma vez o meu bem haja, pelo seu artigo.
Muito útil, obrigado, Bárbara. Nas minhas aulas de Patrão Local ou de Costa, refiro sempre as derrotas ortodrómica e loxodrómica, fazem parte dos programas. Mas nunca considerei as climatológica e meteorológica como derrotas. Faz sentido. Um bom ano para si, boas navegações. Abraço, Tarcísio.