
O artigo de hoje é sobre os tipos de contentores que existem.
Antigamente os navios demoravam dias a carregar e a descarregar carga.
Hoje em dia, graças a Malcon Mclean um navio consegue descarregar os contentores em poucas horas.
Para cada finalidade existe um tipo de contentor específico. Vamos conhecer os diferentes modelos! ????
Contentor de Carga seca:
Este é o contentor mais utilizado. Serve para diversos objetos de carga seca, tais como objetos empacotados.
Contentor plano:
Para cargas de tamanhos variáveis. Podem ser utilizados para o transporte de carros.
Por não terem laterais nem teto, estes têm de ficar nos topos dos grupos de contentores.
Contentor com teto aberto:
Neste tipo de contentores, o teto pode ser removido.
Servem para o transporte de mercadorias de altura superior à do contentor.
Contentor em túnel:
Com uma porta em cada extremidade, este contentor é muito útil na carga e descarga de mercadorias.
Contentores com abertura lateral:
Por ser na lateral, e com portas que permitem abrir todo o contentor ao comprido, estas permitem uma carga e descarga de materiais maiores que não caibam por portas nas extremidades.
Contentores com abertura dupla:
Estes contentores permitem que a carga seja carregada e descarregada da forma mais cómoda. Tanto pode ser pelas portas da frente como pelas laterais.
Contentores refrigerados:
Para carga que precise de estar refrigerada, como por exemplo produtos farmacêuticos.
Contentores térmicos:
Para carga que precise de se manter a temperaturas específicas sem a necessidade de controlo rigoroso como no caso dos contentores refrigerados.
Contentores tanques:
São usados para o transporte de carga líquida, gasosa e por vezes em pó.
No caso dos gases, por vezes são usados múltiplos tanques em vez de um único.
Contentores com meia altura:
Normalmente os contentores tem uma altura de 8 pés. No entanto para arrumar certas cargas, que não têm tanta altura, mas que ocupam toda a área do contentor, dá mais jeito que estes sejam mais baixos. Assim surgiram estes contentores de 4 pés, que permitem arrumar dois contentores no espaço de um. Uma das cargas mais comum são lajes de pedra.
Contentores de carros:
Este tipo de contentor foi desenhado especialmente a pensar no transporte de automóveis.
Contentores para carga a granel:
Estes contentores foram desenhados para o transporte de carga a granel, tal como areia.
Contentores especiais:
Estes são desenhados para um determinado propósito. Empresas que transportam armas, precisam de contentores mais resistentes e seguros .
Espero que tenham gostado! 😀
Antes de mais parabéns pelo blog, que vou seguindo pelo FB.
É sempre bom ver alguém a querer difundir e despertar o interesse sobre a temáticas náuticas e neste caso dos contentores em particular.
Infelizmente toda a gente fala do transporte, do carregamento, da logistica, etc… dos contentores, mas muito poucos falam do “caixote” em si.
Permite-me apenas fazer algumas observações:
“Contentor de Carga Seca”, considerando que está cada vez mais na moda a utilização de flexitanques, para graneis líquidos (e também liner bags para graneis sólidos), é redutor utilizar a designação carga seca, certamente uma tradução literal de “dry freight”.
Na nossa praça a gíria é “normais”, “normais-highcube”.
“Contentor Plano” aqui a tradução saiu mesmo ao lado, o termo plano não é de todo utilizado. Tendo topos, rebatíveis ou não, o termo que se utiliza é mesmo o inglês “flat” ou “flatrack”, não tendo topos usa-se “plataforma”, há quem use o termo “estrado”, mas não é habitual.
Em outra nota as flats com topos, rebatíveis ou não, podem carregar contentores por cima e não necessitam de ficar “nos topos dos grupos de contentores” desde que a carga não tenha excesso de altura. Embora este argumento se utilizado frequentemente para que os armadores possam cobrar estivas perdidas.
“Contentor com teto aberto”, mais conhecido por open-top, por incrível que pareça maioria das cargas carregadas em open-tops não têm excesso de altura mas pelas suas características torna-se necessário carregar as mesmas por movimentação vertical, grua/lingada, em vez de horizontal, empilhador/porta-paletes.
A fotografia é de um half-height (meia-altura) com teto rígido, por norma os open tops usam lonas.
“Contentor com abertura lateral” ou full open side, embora o que refiras não esteja incorreto estes contentores são maioritariamente utilizados com cargas paletizadas mas em operações ferroviárias sendo descarregados lateralmente sem que seja necessário retirar os mesmos de cima do vagão.
Para o transporte marítimo só em operações especializadas é que os mesmos são recomendados já que a movimentação vertical é suscetível de causar deformações e empenos nas articulações das portas.
“Contentores térmicos” aqui existem duas abordagens. O que está na fotografia é um contentor normal forrado com um liner, não sendo um tipo especifico de contentor. Contentores “isotérmicos” esses sim são um tipo especifico e consistem basicamente num contentor frigorífico mas sem instalação de máquina.
Nos contentores tanques importa referir que cargas liquidas, líquidos pressurizados e graneis finos são carregados em tanques com design e especificações completamente diferentes salvo o aspeto exterior.
Nos “Contentores com meia altura” a carga mais usual e que despoletou a sua criação foram os minérios siderúrgicos transportados entre minas e portos industriais na Austrália e África do Sul.
Relativamente a altura normal, o mercado caminha para a adoção dos 9ft6in como altura standard.
“Contentores de carros” são usualmente contentores 40’HC ou 40’HCPW aos quais são adicionados elementos de peação próprios.
“Contentores para carga a granel” a imagem mostra IBC/GRG (tanques paletizados) normalmente utilizados para líquidos. Publicidade à parte nota uma brochura completa para contentores Bulk http://www.seacoglobal.com/Seaco/media/Documents/Product%20Brochures/Seaco-Bulker-Brochure-03-04-2017.pdf?ext=.pdf
Muito obrigada! 😉 Não só pelas críticas positivas mas também pelo acrescento de informação.
Muito obrigado pela informacao solida que me fez beber…!!Estarei de olho nas novas publicacoes.