
No artigo de hoje vou falar um pouco sobre as o que são as rotas do Ártico e a sua viabilidade atual.
Dentro das rotas do Ártico pode-se distinguir 4 diferentes:
• A rota Noroeste (NWP);
• A rota do Norte (NSR);
• A rota transpolar (TSR);
• A rota ponte do Ártico (ABR).
Sendo que as rotas mais importantes são as rotas NWP e a NSR, uma vez que permitem ligar dois continentes diferentes.
A Rota do Norte (NSR):
A NSR permite unir os mercados Asiático e Europeus, permitindo uma alternativa ao canal do Suez, reduzindo a viagem em aproximadamente em 40% e também diminuindo os perigos de pirataria encontrados no caminho.
No entanto 90% desta rota está dentro de território russo, fazendo com que a nação tenha plena jurisdição nesta área. Atualmente têm de se pagar taxas e ser obrigatoriamente escoltado por um quebra-gelo russo para se transitar.
Muitos alegam que esta área deveria de estar livre destas taxas uma vez que deveria de se aplicar o “direito de passagem inocente”.
Enquanto estas taxas existirem, esta rota perde a sua viabilidade económica para outras nações.
Rota Noroeste (NWP):
A rota NWP liga os oceanos Pacífico e Atlântico, através do arquipélago canadiano.
Esta rota é mais utilizada para navios de passageiros.
Em 2016 a Crystal Serenity tornou-se o primeiro cruzeiro a fazer a passagem, com mais de mil passageiros a bordo. Repetiu esta viagem em 2017, mas não em 2018.
Também alguns navios de carga fizeram esta rota. No entanto a eles esta não traz grandes vantagens comparativamente com a passagem pelo Canal do Panamá.
O Canada também tem um baixo número de navios quebra-gelos comparativamente com a Rússia.
A rota NWP tem poucos portos onde carregar e descarregar a carga durante a rota.
Por todos estes fatores a Rota NWP é menos interessante que a Rota NSR.
A rota ponte do Ártico (ABR):
Esta rota junta o porto de Churchill no Canada, o porto de Narvik na Noruega e o porto de Murmansk na Rússia.
No entanto há que ter em atenção o aumento do número de Icebergs com o degelo de Gronelândia.
A Rota Transpolar (TPR):
Esta rota permite uma linha direta que atravessa todo o Ártico.
Por enquanto esta rota é de natureza experimental, ou seja, todos os navios que a utilizaram, fizeram por motivos científicos, ou para calcular o tempo e as suas condições.
Futuro das Rotas do Ártico:
Devido aos climas extremos encontrados nestes locais e medidas de segurança necessárias para se navegar nestas áreas, torna-se atualmente inviável, do ponto de vista económico, navegar nestas áreas. Os estados e armadores que pretendem utilizar as rotas do Ártico fazem-no por outros motivos, tais como políticos e de diferenciação dos restantes.
Mesmo as seguradoras, estão menos dispostas a assegurar navios que queiram utilizar estas zonas.
A redução de custos que existe na diminuição de milhas, é aumentada depois em meios de segurança nos navios, requisição de Quebra-gelos e no pagamento de taxas aos países pertencentes às zonas Árticas.
Mesmo a nível ambiental, a redução das emissões de CO2 a nível provenientes da diminuição das milhas náuticas não compensa o aumento regional destas. Os resíduos de CO2 ficariam presos no gelo e iriam escurecer este, fazendo com que o gelo absorvesse mais radiação, aumentando ainda mais o seu degelo.
O maior volume de navios, iria também aumentar a probabilidade de ocorrência de derrames e possível contaminação por águas de lastro.
Os benefícios da procura da utilização destas rotas, revela-se na tentativa de as utilizar que gera maior inovação da construção dos navios, na procura de combustíveis menos poluentes, na criação de aparelhos de segurança e uma melhoria das operações SAR e na resposta a emergências.
As rotas árticas têm vantagens óbvias como economia de tempo e combustível nas viagens, alem da maior tranquilidade náutica, pois o Ártico não é tão tempestuoso quanto os demaus oceanos. Porem, as grandes desvantagens é q suas rotas não são navegáveis o ano todo devido o congelamento das suas águas e a rarudade de bons portos intermediários. Todavia, o não-uso das rotas árticas se dá mais por motivos políticos e de tentativa de hegemonia global por parte dos EUA e seus satelites da OTAN e outros mecanismos de expansão militar ocidentaĺ.