
A agulha magnética é um aparelho que tem como objetivo indicar o Norte magnético.
Ela é constituída por uma rosa dos ventos, com uma graduação dos oooº até aos 360º, com um ponteiro que gira dentro de um líquido anticongelante.
Esta agulha já não é muito utilizada a bordo dos navios. No entanto esta é mantida no caso de ser precisa numa situação de emergência, como uma avaria nas agulhas giroscópicas (falarei delas num próximo artigo ????).
A agulha magnética é composta por:
- um capitel- peça situada no centro da rosa que contém um fundo de pedra dura;
- um morteiro- caixa cilíndrica de um material não magnético onde está colocada a rosa;
- bitácula- coluna por baixo do morteiro;
- suspensão Cardan- peça entre a bitácula e o morteiro.
As agulhas magnéticas têm a obrigação de ser estáveis, isto é indicar com precisão a proa, sem que existam oscilações.
Também deverão ser sensíveis de forma a que as alterações de proa sejam sentidas na agulha.
A bordo são utilizados dois tipos de agulhas, a de governo e a de padrão.
A agulha de governo serve para as leituras de proa, de forma a orientar o navio. Esta é geralmente colocada no passadiço.
A agulha padrão serve para determinar rumos e marcações a objetos.
Esta tem um maior nível de precisão, relativamente à anterior, e deverá ser colocada num local livre de influencias magnéticas. Este local geralmente encontra-se por cima da ponte de comando.
Desvio da agulha magnética:
É definido como o ângulo entre o norte magnético e o norte da agulha, sendo o norte da agulha a linha pela qual o navio é orientado quando não é possível anular por completo o campo magnético do navio.
O desvio da agulha depende dos ferros a bordo do navio e é variável com a proa do navio.
O cálculo do desvio da agulha (δ ) é determinado através da Variação (V) e Declinação (D) utilizando a seguinte fórmula:
V = D + δ
Parabéns, artigos intetessantes.
Referente à agulha magnética, é curioso que a divisão da Rosa dos ventos já foi em 32 meias quartas, cada de 11,25°, ou 22, 50°, cada quarta ou ventos, cujos ângulos definem as luzes de navegação. Popa 135°, 6 quartas, bombordo 112,5°, 5 quartas estibordo 112,5°, 5 quartas.
Bem haja pelas publicações.
Que facto interessante, não fazia ideia! 😀 Muito obrigada pela partilha!
Uma que ainda se mantinha há coisa de vinte anos atrás era dizer que o navio está às quatro quartas (navio a 45º da proa). Coisas que se vão perdendo…
Nos velhos tempos dizia- se marear a agulha como por exemplo:
Norte um quarto a nordeste
Norte meia quarta a nordeste
Norte três quartos a nordeste
Norte uma quarta s nordeste
Norte uma quarta e quarto a nordeste
Norte uma quarta e meia a nordeste
Norte uma quarta e três quartos s nordeste
Meio vento norte-nordeste
Argumentos interessantes, bem aja, muito obrigado por me ajudar aprimorar as minhas ideias.